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Teve muito tecido da Texprima no SPFW N51

SPFW N51
A 51ª edição do SPFW aconteceu no fim de junho e muitas marcas compartilharam suas novas coleções por meio da transmissão 100% online do evento. Essa edição foi marcada por estreias e novos formatos de apresentação

 // NERIAGE 

Rafaella Canielo, fundadora e diretora criativa da Neriage, deu início à grife por meio do seu TCC e consequentemente, uma caminhada de muito sucesso aqui no Brasil. A estilista aposta em designs elegantes em que o plissado é o protagonista, chamando atenção para as texturas. Em sua terceira coleção no SPFW, chamada “Sonar”, Rafaella reuniu fluidez, mangas amplas e tons neutros com pontos de amarelo-cúrcuma. O destaque fica por conta dele mesmo: o plissado, que inclusive, a estilista trouxe para uma base mais pesada que foge das tradicionais para a realização da técnica. E justamente o tecido escolhido para tal feito é o Crepe B&W, que possui uma superfície mais áspera mas traz muito conforto pelo elastano na composição. Além disso, é uma ótima base para receber estampas. O trabalho de Rafa é sempre muito poético, inspirador e explora acabamentos impecáveis, demonstrando como é ser íntima de cada detalhe.

Tecidos usados pela marca Neriage no SPFW N51

 // ANACÊ 

Mais uma marca que surgiu nas dependências da faculdade, Anacê é comandada pela dupla Ana Clara Watanabe e Cecília Gromann. Elas fizeram sua estreia no evento com a coleção “RUTA”. A marca possui uma proposta agênero com foco na alfaiataria, trazendo um toque mais urbano. E para essa temporada de Primavera/Verão, a dupla desenvolveu peças super clássicas e atemporais, com um destaque especial para modelagens em couro sintético, desenvolvidas com os tecidos Couro BasicCouro Back Suede e Malha Nobu. Tanto a cartela de cores quanto o corte das roupas geram desejo e a vontade de mergulhar no universo estético delas. Além da imponência das peças em couro, mangas bufantes trouxe um toque vintage à temporada por meio de uma camisa de seda. 

Tecidos usados pela marca Anacê no SPFW N51

 // ANOTHER PLACE 

Quem também faz uma moda que não se apoia em distinções de gênero é Rafael Nascimento, diretor da Another Place. Novamente no line-up do SPFW, o estilista fez uma coleção que, ao mesmo tempo que carrega 100% do DNA da marca, também explora shapes, estampas e cores novas. Nessa temporada, é possível encontrar itens que nunca faltam: as leggings, a logomania presente em cintos e no underwear, golas altas e macacões. A novidade fica por conta de uma vibe que parece ser o encontro do athflow, que destaca itens esportivos e confortáveis para qualquer ocasião, com a estética new wave, que evidencia estampas psicodélicas. Isso porque o estilista usou padronagens gráficas em um tom ácido para peças justas, transparentes e também em puffer jackets e casacos amplos. Um combo de produtos que vem cada vez mais ganhando o desejo do público. Novamente na coleção, o NP2050 e o Moletom Cotton BR são os queridinhos do estilista – sendo o primeiro um tecido tecnológico super versátil e o segundo um moletom da linha sustentável da TexPrima. E para compor no mix de bases diferenciadas, o Couro Urban trouxe um efeito único. A coleção, já disponível no site da marca, reúne diversos itens coringas cheios de personalidade. 

Tecido usado pela marca Another Place no SPFW N51

PROJETO SANKOFA 

O Projeto Sankofa foi uma novidade para o primeiro semestre de 2021 no SPFW. Idealizado pelo coletivo Pretos na Moda em parceria com o VAMO (Vetor Afro-Indígena na Moda), o projeto nasceu com o propósito de incluir criadores racializados e suas marcas na maior semana de moda da América Latina, junto com suporte de estilistas já consolidados na moda nacional. Com isso, oito marcas foram selecionadas para apresentarem suas coleções, cinco delas contaram com apoio e os tecidos da Texprima.

 // MILE LAB 

A marca de moda ativista e marginal foi criada por Milena do Nascimento Lima, responsável por criar peças de streetwear que carregam diversos protestos. “A beleza marginal carrega poesia, em cada traço a herança de uma realeza e o olhar com uma força inigualável…”, diz um dos manifestos feitos pela marca que descrevem um pouco de seu conceito, que traz a força do corpo periférico e do resgate da força ancestral e identidade negra. Com apoio da madrinha Juliana Jabour, a coleção cápsula “Baobá” contou com muitos babados e rendas no branco. As criações carregam uma forte presença por meio de shapes amplos. Milena usou a Renda Meryl  – um grande destaque da temporada – e também o Cetim Elbaz Nilo Ibérico

Tecidos usados pela marca Mile Lab no SPFW N51

 // SANTA RESISTÊNCIA 

Mônica Sampaio é a mente por trás da marca slow fashion que também se identifica como democrática, atemporal e ancestral. Para sua estreia no evento, teve Angela Brito como madrinha. A coleção intitulada Elizabeth, foi desenvolvida em homenagem à princesa de Uganda, Elizabeth Toro. De acordo com a marca, a intenção foi homenagear todas as mulheres que tomam as rédeas da própria vida e não aceitam imposições limitantes e são realezas em toda plenitude da pele negra. As peças revelam uma pluralidade de culturas de forma inspiradora. Entre elas, uma macacão que combina o Cetim Royale  com o Voil de Rayon Safari. Vestidos, quimonos e conjuntos trabalhados também compõem a coleção, que acompanham cores vibrantes e diferentes estampas. 

*A marca também usou o Tecido Sky Silky Grécia Lurex.

 // SILVÉRIO  

A marca brasileira é comandada por Rafa Silvério, que propõe discutir o belo através de suas percepções. Em sua estreia para a semana de moda, sua coleção abordou um estudo da escuridão. O  manifesto que acompanha o fashion film da marca ainda explica como o tema se envolve com nossa realidade atual, trazendo um importante protesto. “[…] Diante do cenário pandêmico de Covid-19 e consequentemente expandido por uma má administração política que o otimiza para uma crise sanitária, que afeta diretamente tantas outras jurisdições, que não permite que tenhamos um vislumbre de futuro, então nos pareceu oportuno estudar o que está diante de nós.” As peças colocam em destaque tecidos justos, golas altas e saias. Tudo no preto, Rafa usou bases leves como o Cotton Paper e o Voil Silky 2 (disponível nas lojas físicas).

 // AZ MARIAS 

Criada em 2015 por Cintia Maria Félix, a marca nasceu com o objetivo de repensar o processo de fazer e consumir roupas. Os designs unem o streetwear com a moda afro com responsabilidade socioambiental e ancestralidade africana e ainda promove igualdade de gênero e empoderamento feminino. Entre tantas pautas sociais, culturais e políticas importantes – e urgentes -, Az Marias celebrou a rainha Nzinga Mbandi nesta coleção para o SPFW, e ainda contou com Isaac Silva como padrinho. A marca recuperou resíduos descartados junto com diversas bases da Texprima para criar peças que contam histórias. Com uma ampla diversidade de tecidos, que trazem diferentes tipos de caimento, algumas das escolhas foram o Tweed NaifMusseline SilkyMalha Prene e Malha Miami

*Outros tecidos utilizados foram o Crepe B&W 2 e o Cetim Royale.

 // TA STUDIOS 

Gi Caldas é quem está à frente da marca que levou toda a sua moda agênero e consciente para o SPFW. A coleção chamada “Akindra”, reuniu símbolos e inspirações da cultura afro-brasileira como a Umbanda e o Candomblé. Gi constituiu personagens que deram vida a quatro looks que carregam muitos signos históricos. Os looks trazem uma riqueza em detalhes como bordados e estampas multicoloridas, e os tecidos escolhidos ajudaram a compor ainda mais a partir de bases leves e naturais da Texprima, como o Linho Clássico, o Cotton Bordados Shell

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